Ao usar a reconstrução de estímulos, os pesquisadores conseguiram recriar músicas que se assemelham àquelas ouvidas por indivíduos, com base em inovações anteriores no campo. Os pesquisadores produziram uma versão reconhecível, embora ligeiramente abafada, do clássico hit de 1979 do Pink Floyd, “Another Brick in the Wall (Parte 1)”, usando sinais cerebrais.
Nos últimos anos, os cientistas fizeram progressos significativos na extração de palavras dos sinais elétricos produzidos pelos cérebros de pessoas com paralisia muscular que tentam falar. Anteriormente, a pesquisa só conseguia reconstruir músicas com características semelhantes ao que a pessoa estava ouvindo. No entanto, os neurocientistas descobriram agora como restaurar a música que uma pessoa ouve ouvindo diretamente sua atividade cerebral. Os pesquisadores também identificaram uma área específica no lobo temporal do cérebro que reage ao ritmo da música. Essas descobertas podem abrir caminho para dispositivos que podem ajudar aqueles que não podem falar.
Para auxiliar no tratamento da epilepsia farmacorresistente, 29 participantes receberam implantação cirúrgica de grades intracranianas ou tiras de eletrodos. Os pesquisadores utilizaram esses eletrodos para registrar a atividade cerebral em várias regiões auditivas que processam vários aspectos da música, como letras e harmonia.
Os participantes ouviram ativamente Another Brick in the Wall, Part 1, durante as gravações no Albany Medical Center, no estado de Nova York.
Os cientistas foram capazes de analisar e replicar as palavras e os sons que os participantes do estudo ouviram, usando os modelos de IA.
Embora a versão replicada possa ser um pouco abafada, a música permanece clara e disponível para audição. Além disso, os cientistas estão otimistas sobre o potencial de melhorar a qualidade de tentativas futuras.
A pesquisa mostra que a música e a fala ativam diferentes partes do cérebro. O lado direito do cérebro é mais ativo ao ouvir música, enquanto o oposto é verdadeiro para a fala simples. Isso ajuda a explicar por que os pacientes com AVC podem ser capazes de cantar frases com mais clareza do que falar.
fim do artigo