O foguete H-IIA que transporta o módulo lunar da agência espacial nacional é lançado no Centro Espacial Tanegashima, na ilha de Tanegashima, no sudoeste do Japão, nesta foto tirada pela Kyodo em 7 de setembro de 2023. Crédito obrigatório Kyodo/via REUTERS
O Japão lançou a Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X (XRISM) e o Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) em uma tentativa de se tornar o quinto país do mundo a pousar na Lua no início do próximo ano. A espaçonave de exploração lunar foi lançada a bordo de um foguete H-IIA desenvolvido localmente.
A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) disse que o foguete decolou do Centro Espacial Tanegashima, no sul do Japão. O XRISM foi separado com sucesso do veículo lançador cerca de 14 minutos e 9 segundos após o lançamento. SLIM, apelidado de “atirador lunar”, separou-se cerca de 47 minutos e 33 segundos após o lançamento.
A missão foi adiada três vezes devido ao clima desfavorável.
Objetivos da missão
O Japão pretende pousar o SLIM a 100 metros do local alvo na superfície lunar. Espera-se que a missão de US$ 100 milhões comece o pouso em fevereiro, após uma longa trajetória de aproximação com baixo consumo de combustível.
“O grande objetivo do SLIM é provar o pouso de alta precisão… para conseguir ‘pousar onde quisermos’ na superfície lunar, em vez de ‘pousar onde pudermos'”, disse o presidente da JAXA, Hiroshi Yamakawa.
As missões fracassadas do Japão
Duas tentativas anteriores de pouso lunar do Japão falharam no ano passado. A JAXA perdeu contato com o módulo de pouso OMOTENASHI e cancelou uma tentativa de pouso em novembro. O módulo de pouso Hakuto-R Mission 1 caiu em abril enquanto tentava descer à superfície lunar.
SLIM está programado para pousar no lado mais próximo da lua, perto de Mare Nectaris. A área, quando vista da Terra, aparece como uma mancha escura.
A nave irá analisar a composição das rochas olivinas próximas aos locais em busca de pistas sobre a origem da lua.
Além disso, o satélite XRISM, um projeto conjunto da JAXA, da NASA e da Agência Espacial Europeia, visa observar ventos de plasma fluindo através do universo que os cientistas consideram chave para ajudar a compreender a evolução de estrelas e galáxias.
O lançamento ocorre duas semanas depois de a Índia se tornar a quarta nação, depois dos EUA, da China e da antiga URSS, a pousar uma nave espacial na superfície lunar e o primeiro país a pousar perto do pólo sul da Lua.
Na mesma época, o módulo de pouso Luna-25 da Rússia caiu em uma tentativa de pouso suave na Lua.
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