De acordo com um relatório da agência de notícias Reuters, a Comissão de Comércio Justo do Japão (JFTC) disse que o Google devolveu parte de sua receita aos fabricantes de smartphones Android, com a condição de que não instalassem mecanismos de busca rivais.
A agência disse que estava investigando se o Google violou a Lei Antimonopólio do Japão com esta prática. A empresa também está investigando a prática do Google de fazer com que os fabricantes de telefones Android instalem seus aplicativos Google Search, Chrome e Google Play.
“Há suspeitas de que através destas medidas esteja a excluir a actividade comercial dos concorrentes e a restringir a actividade comercial dos seus parceiros comerciais no mercado de serviços de pesquisa”, disse um funcionário do JFTC, citado como tendo dito.
Segundo o responsável, isso pode ter feito com que os utilizadores tivessem dificuldade em escolher o navegador.
“Lançamos esta investigação questionando se a situação em que os serviços de outros provedores de mecanismos de busca têm dificuldade em ser reconhecidos como uma escolha do usuário, não importa quantas melhorias tenham sido feitas, foi criada artificialmente”, disse o funcionário.
Sondas semelhantes nos EUA e Europa
A decisão ocorre no momento em que investigações semelhantes foram lançadas por reguladores antitruste na União Europeia, nos EUA e em outros mercados.
O Google está enfrentando um caso antitruste nos EUA, já que o Departamento de Justiça dos EUA alegou que o Google pagou para ser o mecanismo de busca padrão em navegadores como o Safari da Apple e o Firefox da Mozilla.
No início deste mês, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, testemunhou no caso, dizendo que as práticas injustas do Google levaram ao seu domínio de busca no mercado e que o produto Bing da empresa enfrenta uma enorme concorrência.
Ele ressaltou que isso se deveu a acordos que o tornaram navegador padrão em smartphones e computadores. Nadella continuou dizendo que a Microsoft tentou se tornar o mecanismo de busca padrão da Apple, mas a fabricante do iPhone já tinha um acordo favorável com o Google.
Ele também disse que a Apple temia que o Google pudesse ter usado seus serviços extremamente populares, como Gmail e YouTube, para forçar os usuários a baixar o Chrome. Essa mudança pode ter resultado em pessoas contornando totalmente o navegador Safari.
fim do artigo